Friday, December 30, 2005

Resoluções/Desejos de Ano Novo

Resoluções de Ano Novo

* arranjar (e manter) uma empregada
*beber 2 litros de água por dia
*andar sempre com a máquina fotográfica
*chegar a horas aos sítios
*trocar o elevador do prédio pelas escadas
*deixar de comer croissants ao pequeno almoço (Ai esta não sei se consigo..)
*deitar cedo (dormir mínimo 8h por dia)
*pagar o condomínio sem atraso
*treinar 3 vezes por semana
*comer menos (acabou o fast food: olá diet e comida da mãe)
*passar mais tempo com os pais, a Tina e a Ana


Desejos para 2006

- arranjar namorado*
-viajar
-uma máquina de lavar loiça ou de sacar roupa ainda não decidi qual é que me faz mais falta
-que as borbulhas se vão embora de vez...

*mentalmente desafiante, giro, carinhoso, que me leve a passear, que me ASSUMA e me VEJA em vez de me olhar...

Thursday, December 29, 2005

Mudanças

A Ajuda às vezes vem de onde menos se espera. Há muito que tinha dado por encerradas as nossas conversações. Contigo Ana, que te afastaste de mim, crescendo noutra direcção, a outro ritmo. Nem sempre nos compreendemos e dizer que somos as melhores amigas faz sentido só pelo nosso background. Contigo Márcio, porque os mal-entendidos nos afastaram mais ainda do que a própria distância dos nossos longínquos continentes.

Mas foram justamente as vossas palavras que me fizeram acordar do meu estado de dormência e auto-comiseração. Primeiro tu, Ana, que me confrontaste com a dura realidade de quem vive o drama de um cancro na família e me soubeste dizer que TUDO tem solução. "Não gostas do que fazes: muda de emprego"; "Não tens namorado e eu sei que isso te aflige: não procures mais. Eu sei que é duro, mas não é por pensares nisso que vai aparecer alguém"; "Retira das outras pessoas a companhia para o que mais gostas"...

E depois de uma noite em que dormi e afastei o peso de todas as mágoas, fui encontrar-te no portão da nossa velha escola secundária. Sabia que vinhas cá passar o Natal. E não resistimos a conhecer o toque e a voz um do outro. Aqueles mails apaixonantes que trócámos e subitamente interrompemos foram instalar um vazio que tinha de ser cicatrizado assim. Com este encontro. Ao fim de 10 anos, depois de tantos olhares trocados naquele liceu, e de uma apaixonante relação virtual, finalmente trocámos uma palavra. Fizémos um gesto. Trocámos beijos.

E que homem magnífico te tornaste. Cosmopolita. Culto. Interessado. Positivo. Trouxeste-me uma mensagem de amizade. Teremos sido amigos antes? Noutra dimensão? Não sei. Sei que me entendeste como ninguém. Falámos, passeámos, rimos, comemos, discutimos assuntos vários e desembocámos na minha sala nesta conversa que me reabilitou para o mundo dos vivos. Como se fosses o meu espelho (guardo a tua imagem de braços no ar como se fossem uma moldura de um vidro que me reflectisse) enunciaste tudo o que tenho de bom. Tudo o que de bom me trouxe a vida. E deste-me todas as razões para eu viver tudo isso e para mudar o que gosto menos. Razões para fazer o contrário? Não há. "Tu simplesmente tens de fazer o que tens de fazer".

Dançámos ao som de Let me Love You como se fôssemos namorados de antigamente, como se o teu abraço estivesse estado sempre colado no meu corpo. Lembro que a música repetiu pelo menos duas vezes sem que nos conseguíssemos soltar. Uma madeixa de cabelo teimava em cair-te para a testa e os teus olhos na escuridão da minha sala (apenas iluminada com as estrelas natalícias) brilhavam para mim com uma lição de Felicidade.

Foste um anjo que caíu do céu. Do outro lado do mundo. Com Jet Lag. Com todos os motivos para estar a chorar tu vieste para me lembrar a importância de Viver e de ser Feliz. Obrigada!

Resoluções para 2006: Ser EU!

Tuesday, December 27, 2005

Vazio

Extremo. Asfixiante. Inerciante. Não consigo falar. Estou num coma que só me deixa movimentar os dedos. A loiça da Consoada ainda jaz na cozinha à espera de conhecer um duche, assim como os meus cabelos, a minha pele. Não há vontade. Não há energia.

Estou assim. A ver as minhas férias a passar como quem olha os grãos de areia a escapar-se de um recipiente da ampulheta para outro.

Não quero falar com ninguém. Não quero ver dvd's contigo Bruno e fazer as pazes. Um estúpido insensível e mimado como tu, que nunca teve o mínimo de consideração por mim. Nem contigo Zé. Ofereces-me sinceridade. É só isso que tens para mim? Não quero a tua sinceridade pífia, que não traz mais nada ligada a ela. Podias ter sido sincero e teres dito que só me querias comer. Não tinhas sido mais sincero assim? E poupavas-nos mais equívocos...

Profundo silêncio habita a minha casa. Cheia de tarefas por cumprir. Cheia de tpc's. Trazer trabalho para casa dá nisto. Já estou deprimida o suficiente quando o tenho de fazer lá. Como me quis enganar ao ponto de achar que ia fazer alguma coisa aqui?

Agonia. Não consigo desviar esta estranguladora agonia de mim. Mandaste-me um sms. Tu que me sugste toda a pureza que me restava. Porque te lembraste de mim no Natal? Já te esqueci. Só queria que não me tivesses deixado este presente envenenado. Depois de ti nunca mais fui a mesma. Nunca mais fui doce e apaixonada. Naquele registo puro e doce... Nunca mais. Acho que perdi essa capacidade. Esfrangalhaste com toda a tua obsessão e desequilíbrios a melhor parte de mim. A Menina. Essa perdeu-se.

Agora sou uma ilha. Afastada. Remota. Ninguém chega perto. Alguns avistam-me. Cobiçam-me. Mas ninguém toma a iniciativa de navegar até mim. Demasiado complicado. Demasiado moroso. E custa. Ninguém gosta de coisas que custam...

Nem eu. Custa-me estar assim. Mas não consigo sentir mais nada. Estou apática. Amordaçada. Insensível ao que me rodeia. Ou talvez demasiado acordada para o que se passa em meu redor. Desisiti de me expor no outro blog. Ainda arranjaria problemas. Se me vissem assim no trabalho achar-me-iam louca. Talvez seja mesmo...

Só queria ser salva. De mim. Desta modo de auto-destruição que se iniciou não sei bem quando. Foi um ano estranho. Onde tentei encontrar o amor em vielas e becos escuros. Claro que só encontrei desamor e desencontro. O Amor é Luz, ou deve ser. Estou neste momento à beira da escuridão. Sem ninguém que me alumie. Sem direcções. Perdida e sofrida. Silente e só.

Quem me SALVA?

Monday, December 26, 2005

Visão reduzida e redutora de mim

A minha visão das coisas: "Sou intensa e apaixonada quando me entrego.... sou uma intrusao salina, um fiozinho que ao fim de 10 milhões de anos se transforma num cubo de quartzo, esse fino cristal...

Sou uma esponja: procuro absorver todo o mimo que tiverem para me dar...

Sou selectiva e empenhada: movo-me de forma a chegar onde quero; ok: sou uma manipuladora nata...sou uma melodramática confessa... uma nostálgica assumida...adoro beber apaixonadamente o sumo da vida... escrevo o que sinto e isto sai-me por instinto..."

Aquilo em que acredito:"As pessoas são o que nós vemos nelas mas a minha experiência diz-me que gajos giros e sensíveis e inteligentes (com charme e tal) são tao reais como unicórnios e sereias..."

Balanço (emocional)






12 meses volvidos sobre aquilo que eu desejei... um ano, uma vida mais calma. Nada se cumpriu. 12 meses volvidos, 12 amantes novos.

E eu continuo tão vazia quanto estava no início. Cheia das mesmas questões. Sem programa para a passagem de ano. Sem perspectivas de... nada.

Sinto-me apática, cansada até à exaustão, sem forças para nada. E tanto por realizar.
Será que vai ser um bom ano? É preciso caminhar... continuar a caminhar...

A paixão, a verdadeira, a sincera há-de chegar. E todas as respostas também. Acho eu...